quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

41 Reflexão irrepreensível

Síndrome de abstinência alcoólica é essa coisa tão bíblica que é pior que praga de sogra, segundo os desafortunados genros, pior que crise de rins, que queimadura de 1º grau. Poucas vezes passei por essa agonia e todas elas antes de vir para Pau Doce. Nas duas ou três vezes que vivi a “sindrabs”, ao lado do extremo desconforto, falta de ar, coceira aguda, garganta seca, dores mortais, senti, por mais contraditório que pareça, meu raciocínio lógico, perfeito, quase científico, com raro sentido de totalidade, penso logo emito, tenho pensado sempre que tenho pensado grande e tenho pensado muito que quando penso sobrecarrego de tal maneira de sinapses relampejantes nas cordilheiras contra o céu escuro das negras noites de tempestades que são tão passageiras quanto são fugazes os pores-do-sol auríferos e quentes bules de café que servem xícaras fumegantes marias-fumaças resfolegantes e apitadeiras dobrando ao longe a curva de seu seio esquerdo com o botão rosáceo e gotejante de seiva branca como a barba anciã de meu avô solene e meigo como um passarinho cantando cantos e gorjeando sons de outro planeta que não seja Urano, distante, invisível pleno de mistério caso de polícia inexplicável crime aterrador, atroz, incrível como loiros negros, índios, cafuzos e mamelucões amalucados palhaços bailarinos no grande circo com trapezistas, magos, três com seus camelos transportando mirra, incenso e ouro, dólar, bolsa, investimentos a perder de vista a camisa e calce o sapato abotoando com delicadeza de cirurgião plástico e papel-de-seda, varetinhas de bambu e rabiola comprida voando ao vento forte do mês de agosto, setembro e outubro bom trimestre de vendas no mercado interno e na exportação de sonhos e projetos de vida longa para todos os heróis anônimos e desconhecidos do meio do povo, raça e etnia conceitos confusos e de parco consenso mesmo entre os especialistas em otorrinolaringologia estão de acordo que a baixa umidade do ar de gente grande mesmo não tendo chegado à adolescência e velhice são estágios especialmente delicados momentos de passagem única para metrô e os ônibus que alongam o trajeto para a periferia do sistema solar diminui a força de gravidade em relação ao sol do meio-dia, a lua da meia-noite, a crise da meia-vida, o preço da meia-calça em qualquer liquidação de outono e inverno no hemisfério norte com temperaturas recordes nos registros meteorológicos canadenses, australianos e sudaneses disputando um interessante torneio de tênis de mesa branca da linha kardecista fundada na crença da reencarnação dos mortos de fome por toda a região das caatingas nordestinas empobrecidas pela falta de chuva de papel picado enquanto ele segura, impassível, desfilando em carro aberto o pão ao meio para, então, untá-lo com manteiga e fios-de-ovos, meia colher de açúcar cristal, uma pitada de sal e xícara e meia de água que brotava de sub-solo como se o núcleo da terra fosse liquido e efervescente participação dos mais renomados próceres da Transnumância Boreal e da Organização das Nações Unidas e desunidas sejam quais forem as condições de coesão social suas reivindicações não serão atendidas pelo serviço de emergência municipal de saúde do idioma deve ser preservada não através de leis xenófobas e discriminatórias de todo o rol de produtos colocados a venda na feira de antiguidades milenares aberta todos os domingos haverá celebração triunfal das bodas imperiais na catedral do amor e da esperança que é a última que morre a volúpia do querer e possuir alguém que ser possuído não deseje tomar esse sorvete de maçã do rosto toda tão vermelha cor de sangue tipo “O” universal utilíssimo por sua enorme aplicabilidade estatística, econometria, geografia humana, alma, calma, relva, coisa, dentro, d’outra, fitos, fatos, fetos, abracadabras, abacalhoadas, nesgas, rusgas, cismas, paradelepípelos, losangos, mangos, rangos, tangos, prosopopeiaspindamonhandubas, protonotário, epigmação, groeneumilese, clemitofatrício, clausiinísilo, amorficênteras, nafrunoplistrofênio, frafrandiralenco, fruss, brrrruuuss, brrruuss, brruss, brus, br...

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