quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

45 Há tletas em Pau Doce (mandando ver)

Quando fiz meu curso de “Arte Antiartística e Desarticulada” na Escola de Bolas Artes de São Paulo, um curso de extensão universitária tipo “espera-marido” (que não era meu caso – nem meu caso, nem meu marido), sem atribuição de nota ou registro de freqüência, mas, mesmo assim, um belo curso, com belíssimas professoras e re-belíssimas alunas, como, aliás, não poderia ser diferente na Bolas Artes, como ia dizendo, quando fiz esse curso aprendi muitas e utilíssimas coisas. Coisas. O que são coisas? Pode parecer ao desinformadíssimo leitor que coisas sejam apenas objetos indefinidos, não cabendo, de forma alguma, em minha frase anterior. Engano, equívoco, estultice. A palavra “coisas” envolve um universo de sentidos, mesmo que alguns não tenham qualquer sentido. São idéias, propostas, conhecimentos, posturas, sentidos, informações, cognições, dicas, toques, abstrações. Entre esse enorme cabedal, aprendi, naquela quarta-feira à tarde, algo que nunca mais esquecerei. Naqueles quinze minutos em que estive presente no curso, conheci a Grécia. A Grécia com seus filósofos, sua arquitetura, seus escravos e, sobretudo, a Olimpíada. (O curso era muito concentrado). Desde aquele momento, fiquei vidrado na Olimpíada. Por isso, aqui em Pau Doce, eu e outros olimpiólatras resolvemos promover algo parecido. Por motivos óbvios, não poderia ser a própria e nem mesmo seu desdobramento politicamente correto, a Para-Olimpíada, disputadas por deficientes físicos. Assim, depois de muito neuronizar, optamos por sediar algo totalmente novo, mas inspirado na matriz grega. A proposta aprovada foi a de que realizaríamos a Trans-Olimpíada. E o que é uma Trans-Olimpíada? Estará indagando-se o atabalhoadíssimo leitor. Trans-Olimpíada é uma multi-disputa, nos moldes das duas irmãs mais velhas. Mas, então, em que ela difere das outras? Insistirá o tão insaciável quanto ignaro leitor. É o seguinte (vou escrever devagar e detalhadamente para que o seu apequenado cérebro possa processar as informações): é um conjunto múltiplo e variado de torneios, campeonatos, competições e embates de diversas, diferentes e distintas modalidades esportivas, culturais e que tais, nos quais os melhores colocados recebem medalhas metalizadas de bronze (3º lugar), de prata (2º) e de ouro (1º). E a diferença, pelo amor de Deus? Estará se desesperando o desesperado e afoito leitor. A grande marca diferenciadora da OlimPau é que seus atletas são todos dependentes profissionais. Recordistas nas mais diversas modalidades de dependência: alcoólica, narcótica, sexual, alimentar e tantas outras. Há, porém, muitas outras diferenças. Enquanto as esportivas ocorrem a cada quatro anos, sempre em grandes capitais, escolhidas com mais de uma década de antecedência, para que possam ser preparadas adequadamente, a Trans-Olimpíada acontece todos os anos e sempre aqui em Pau Doce. Enquanto aquelas são organizadas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), a nossa fica nas mãos do COTODEPAU (COmitê Trans-Olímpico DE PAU Doce). Nas duas enfadonhas olimpiconas, os atletas passam por rigorosos exames anti-doping. Já na OlimPau há exames, igualmente rigorosos, mas pró-doping, pois em nossas competições não são admitidos participantes caretas que atuem de cara limpa. Isso seria uma completa desmoralização da idiossincrasia paudocense. As competições, com repercussão mundial, dada a intensa cobertura da mídia internacional, duram, aproximadamente, três meses, mas, dependendo de algumas modalidades mais elásticas, podem ultrapassar todo um semestre. E quais são as modalidades? Estará se perguntando o comichânico leitor. Modalidades há muitas, muitíssimas. Elas estão divididas por tipo de dependência. Iniciando pelo alcooleiro: 1- Salto de altura etílica, que é vencido pelo competidor que possuir maior teor alcoólico no sangue (somente os que terminam vivos o embate podem ganhar medalhas). 2- Lançamento de garrafas vazias a distância (depois de esvaziadas de uma só vez). 3- Corrida de revesamento com Velhas Barreiras e sem as ditas Barreiras (só com pinga de garrafão). 4- Nado: 100 metros livres dentro do alambique, também conhecido como “nadando e bebendo”. 5- Tiro ao álcool (iniciando com Tiro a Rolha, porque sem tirá-la não há tiro que dê jeito). Já no setor sexual: 1- Salto tríplice na corda bamba sem sair de cima. 2- Maratona das marafonas. 3- Torneio de tamanho de tênis, com os competidores nus, mas, obrigatoriamente, calçados com pênis. 4- Campeonato de pênis de mesa e com as sub-modalidades: pênis de cama, pênis de poltrona e, a mais recente, pênis de bidê. 5- Salto na vara (em cima dela, de preferência). No setor de dependência química: 1- Torneio de aspiração de gases tóxicos e inalação de psico-efluentes. 2- Campeonato de alpinismo no plano: “Esse pico é meu!”. 3- Aspiração de carreiras ornamentais. 4- Queimação de bombas medley (4 tipos de pegas). 5- Ecstasy pra que te quero (arremeço de comprimidos G.A. –goela abaixo). Finalmente, na área da DP alimentar: 1- Nado de costas na sopa de cebola. 2- Saltos ornamentais com guarnições de farofa e batata frita. 3- Levantamento de pesos assados, por quilo. 4- Correndo, cozendo e comendo. 5- Saltos tríplices em aparelhos de fondue. Outras modalidades estão sendo estupradas (estudadas e compradas) para completar o conjunto total absoluto geral da TransO. Como já é de praxe na cultura paudocense, o COTODEPAU está, ainda, na fase preliminar da preparação preambular do planejamento prévio do esboço do boneco do rascunho do que poderá (ou não) vir a ser a proposta da idéia possível da pré-concepção prospectiva e futurível da Trans-Olimpíada de Pau Doce. Sentiu firmeza?

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

44 A reinvasão das vulvas desenfreadas

Finda a pausa, vamos às mulheres. Da montanha, então, elas surgiram como que do nada. Mulheres imensas, de pernas intermináveis, seios e glúteos entumecidíssimos, vastas cabeleiras loiras e azuis e expressões lascivas nos rostos descomunais. Muito mais descomunais que os rostos eram suas saliências, entrâncias, reentrâncias e intumescências vagino-abissais. Verdadeiros sugadores atômicos, brutalmente autônomos e descontrolados, pareciam ter vida independente de suas portadoras. Quando começaram a penetrar, como um exército vulvaleone, como uma inexorável divisão panzer, vagarosa, mas devastadora, Pau Doce estava vivendo o auge da orgia nanocopulativa dos pigmeus protuberantes, que invadiam compulsória e compulsivamente todas as aberturas encontráveis e disponíveis: humanas, animais, vegetais e minerais (estas últimas provocando inúmeros acidentes e muitas baixas entre os baixinhos). A primeira reação ante a nova invasão foi a ostensiva indignação das fêmeas paudocenses (humanas e animais) frente àquela concorrência por todos os sentidos desleal, já que as vulvas chegantes, algumas ao menos, não mediam menos do que meio metro (talvez cinqüenta centímetros pareça menos escrachado), se medidas desde o ápice da cumieira frontal até o final da ponta da derradeira encosta, nas cercanias dos baixios recônditos. Para aumentar a caótica e desesperada confusão, os machos locais, todos equilibrando com enorme dificuldade os gigantescos chifres, enxergaram naquela novidade a oportunidade da vingança, algo como a deschifrenização dos cornos e, de instantâneo, como que compelidos por uma vigorosa voz de comando, atiraram-se, coletivamente, em direção às macro-vulvas. Por sua vez, suas respectivas fêmeas revoltaram-se superlativamente contra aquela inominável traição, já que para elas a única traição aceitável (e até recomendável) era a feminina. Masculina, jamais. Elas, que já se haviam indignado pelo temor de perder para as forasteiras a exclusividade dos serviços dos pigmeus, com a desaforada atitude dos seus machos, atingiram a fúria total. Incontroladas, partiram, às centenas, em direção e à caça das amazonas vulvulares, enquanto os machos dividiam-se entre a mesma busca (com objetivos claramente distintos) e à fuga de suas furiosas consortes. As gigantes, por sua vez, sem nada entender e achando aquela gente completamente doida, ou, na melhor das hipóteses, irremediavelmente maluca, buscavam esquivar-se de uns e defender-se de outras, ao mesmo tempo em que, sem se darem conta, esmagavam centenas de anõezinhos com seus pés acachapantes e avassaladores, como quem pisa sobre uma assembléia de baratas. Os pigmeus, então, pela primeira vez interrompendo suas cópulas compulsivas (os que não eram pisados e esmagados, já que esses não interrompiam, mas eram interrompidos) segurando suas armas em riste (a única que possuíam) lançaram-se contra todos os outros três contendores: fêmeas, machos e invasoras. A batalha tomou todo Pau Doce. Um quebra-Pau generalizado (claro que não apenas os paus eram quebrados, mas outros órgãos iam juntos pro vinagre). As hiperdotadas, quando perceberam que o que estava rolando não era uma recepção própria do ensandecido folclore local, nem uma suruba coletiva e sim uma batalha filha-da-puta e generalizada, pararam de cometer pigmeusicídios involuntários e iniciaram uma higiênica despigmeulização, desmachização e desfeminização de Pau Doce. Os anõezinhos, por sua vez, conscientes de que a fodeção geral fora interrompida (coitus interruptus), desenvolveram um feroz brado de luta: “Ah! É guerra, é?” e, em pequenos grupos de 300, de 400, se abatiam sobre uma vítima (se fosse das invasoras), ou 15 inimigos (se fossem machos) ou 30 alvos (se fossem fêmeas- nesse caso, porém, doidos pra transformar a briga num bacanal). Os machos paudocenses, na maior mangüaça da paróquia, tentavam bater em tudo que se movia, mas acabavam sempre dando porrada neles mesmos (o verdadeiro “fogo amigo”). As fêmeas, enquanto isso, percebendo que eram muito maiores que os pigmeus, muito mais rápidas que as invasoras e muito mais sóbrias que os machos, iam contornando o precipício pela borda externa, atravessando o vulcão por baixo da fumaça, comendo o mingau quente pela beirada e costurando a fronha pelo avesso. Depois de sete dias de guerra total e ininterrupta, as gigantes haviam sugado dez mil pigmeus vulva adentro, pulverizando-os. Cambaleantes e prostradas bateram em retirada em direção à montanha. Os machos que não morreram de coma alcoólica, deixaram-se dominar, manietar e gomorrizar (sodomizar nunca! Macho que é macho aceita tudo, menos bafo no cangote), sempre na esperança de tirar o pó da garganta. As fêmeas, vencedoras da guerra da quádrupla desaliança ou, (como ficou oficialmente gravada em nossa história) Guerra Púnica (dada a assombrosa incidência de disfunção flatulenta nos combatentes), inebriadas pela vitória e por outras mumunhas impublicáveis e incontáveis, tomaram o poder e assumiram o comando da reconstrução do Pau Doce. Até hoje, passados tantos arquianos e tantas léguas temporais, Pau Doce continua uma terra vulvular, na qual o homem é o último que fala e o primeiro que apanha.

domingo, 19 de dezembro de 2010

43 A invasão dos pigmeus superdotados

Para aquele que não conhece Pau Doce e que lendo estas Itinerâncias tenha ficado com vontade de conhecê-lo, ou até mesmo de transformar-se em morador desta praia, virar paudocense, paudocencizar-se, vou narrar um episódio histórico que fez deste um vigoroso Pau, soberbo e soberano e não apenas adocicado. No ano do acontecimento em tela, Pau Doce já havia sido descoberto, conquistado, colonizado, sodomizado e já vivera dias memoráveis na memória dos menos desmemoriados. Enfim, já era um Pau falado. O ano exato foi aproximadamente, mais ou menos com certeza quase absoluta sete mil dozecentos e trezenta e zero. Se o oligofreníssimo leitor está com dificuldade de identificar o citado ano, é só lançar mão de um calendário hitita ou drusometalíngeo, facilmente encontráveis em qualquer loja de 1 e 99, nos quais (calendários, evidentemente) o ano é composto de apenas um mês , que, por sua vez, comporta 28 submeses, divididos estes em meio inframês cada um, seccionados em 9,78413 dias. Utilizamos estes calendários, primeiro porque são mais fáceis de entender, depois, porque são idênticos entre si (o hitita e o druso), mas, primordialmente, porque ninguém os conhece, o que evita contestações e mal-entendidos. O ano inicial deles (dos calendários) não é, como é óbvio, nem o nascimento de Cristo, nem o da circuncisão de Maomé, nem o da santificação de Nero, nem o da gravidez de Sicrofanta, mas o da lapidação de Tutankaguey, o Passivo, também conhecido por seu exuberante lombo, com o qual distribuia frenéticas lombadas, derrotando exércitos inteiros, esgotando os valorosos inimigos, minando suas forças (nunca forçando suas minas, é claro) e exaurindo suas libidos, sendo, por essa razão, também chamado de Retoletal, o Culminante. Bom, na dita data Pau Doce foi palco (mais do que palco foi o teatro inteiro) de um acontecimento tanto inusitado quanto nunca visto: uma invasão de pigmeus antropófagos que coincidiu com outra invasão, a de gigantescas mulheres ninfomaníacas. Imagine só, limitadíssimo leitor, duas invasões sobrepostas perpetradas por invasores tão diferentes e, de fato, mutuamente excludentes. Foi um horror pânico, uma hecatombe nuclear, na verdade, uma situação complicada, difícil, um pouco incômoda, que não passou de uma encheçãozinha de saco. Os pigmeus eram tão pequenos e com membros tão descomunais (não os membros superiores ou inferiores, mas os do meio) que mais pareciam aparelhos detectores de metal de filme de ficção científica de 3ª classe. O que tornava essas minúsculas miniaturas um grande perigo eram a enorme quantidade de espécimes, sua velocíssima capacidade de reprodução e o fato de se apaixonarem com extrema facilidade. Chegaram, segundo fidedignos relapsos, relapsos não, relatos, aos milhares, em pequenos barcos que mais pareciam grandes bacias – dessas usadas para lavar roupa na pré-história – e, nem bem desembarcaram, ainda na areia da praia, já começaram a proliferar com toda e qualquer fêmea que encontrassem pela frente (e por trás também), independentemente da espécie feminina: garanguejas, gatas, cadelas, professoras, donas-de-casa, prostitutas (as quais eles evitavam porque cobravam muito caro). Nem as monjas do 7º dia foram desprestigiadas. Naqueles dias, Pau Doce transformou-se na maior cornolândia que o mundo conheceu (naqueles dias, não, desde aqueles dias). Homens desconsolados choravam em grupos, sem vergonha de serem infelizes, alguns abraçados e fungantes, outros com o olhar vazio fitando um horizonte impossível de ser visto, outros ainda, numa revolta inútil, proferiam ameaças contra todos os copuladores alienígenas e procuravam armar-se para perpetrar uma vingança inviável. E, tal qual os homens, também os caranguejos-machos, os gatos, os cachorros, os bacuris, os orangotangos, todos desesperados, mas não tanto, nem com a mesma veemência dos cornos humanos, apenas algo entristecidos e desmachificados. Só os veados pareciam não se comover muito com a preferência dos pigmeus e suas cornealíssimas conseqüências. As mulheres e fêmeas, de um modo geral, (somente as em idade fértil e de folga) desfilavam um sorriso de felicidade edênica, suspiravam longos suspiros, cantarolando baixinho canções obscenas, colhiam flores para enfeitar os cabelos, atitudes que só faziam aumentar o desespero e a revolta da macharia ferida. Os pequititicos penetradores da virtude alheia, podiam ser vistos (apenas os de folga, evidentemente) trespassados de cansaço e suor, fumando libidinosamente durante os rápidos interregnos que separavam as cópulas. No auge da carnificina, quando tudo parecia indicar a analização e pigmentação de Pau Doce (o domínio de anões e pigmeus) como fato consumado e irreversível, quando havia certeza coletiva de que não havia hipótese de que a situação viesse a piorar, já que não poderia haver nada mais catastrófico do que a desgraça que havia se abatido sobre os pacatos e chifrudos cidadãos, o pior aconteceu. Inopinadamente, surgiu, agora não do mar, mas da montanha, um batalhão de enormes mulheres. Um batalhão de mulheres? Depois dos pigmeus tarados, um batalhão feminino? Só mesmo fazendo uma pausa...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

42 Assando glúteos e bíceps

Hoje é dia 31 de fevereiro e, por isso, madruguei. Consegui abrir os olhos em pleno amanhecer, exatamente às 3 e 15 da tarde. Para quem madruga sempre por volta das 18 horas, hoje caí da cama. Mas, há uma forte razão pra esse enorme sacrifício. Hoje é o Dia de Pau Doce. O mesmo dia em que no ano de mil trezententos e vintenteum arribou nesta paradisíaca Sodoma o descobridor Dom Cornélio Manso, com toda sua mansíssima cornitude e inaugurou a saga bacanalíssima do melhor pedaço, da fatia especial, do filé minhom do inferno, com tudo aquilo que de belo, biruta e bestial (os famosos três bês) tem o paraíso infernal. Mas, indo direto ao que interessa, ao ânus da questão, acordei cedo para participar das comemorações cívico-sacano-etílico-sodomitas do CHUPANDOHOPAU (CHUrrasco PANtagruélico DOgmático “HOnrando PAU Doce”). Com este superfaraônico hollywoodianohiperespecial evento, Pau Doce comemora o Dia de Pau Doce, como só Pau Doce sabe comemorar o Dia de Pau Doce. Nada a ver como os outros comemoram os seus: a China, com desfiles militares para os quais o povo é convidado, mas não vai; ou os Estados Unidos, com desfiles militares para os quais o povo vai, mas não é convidado; ou o Brasil, com desfiles militares para os quais o povo não é convidado e também não vai. Aqui, não há desfiles de milicos, já que os únicos desfiles permitidos são: o dos femininos e bem fornidos glúteos, tostados de sol e de sal, obrigatoriamente descobertos (descobertos em todos os sentidos) e o dos bíceps masculinos, torneados alguns, retesados outros, mas todos salubérrimos e metidos-a-besta. Ao invés dos desfiles encoturnados, ao som de marchas militares (o gênero musical que mais tem a ver com o ser humano, já que foi inventado para a guerra, outra maravilhosa criação humana), Pau Doce promove um espetacular churrascoletivo para o qual todos e cada um são convidados. Mas, o grande CHUPANDOHOPAU não é um churrasco como os outros que existem por aí, o argentino, o gaúcho, o uruguaio, o caipira. Não, não, não. Nosso churrasco é nosso. E como tudo o que é nosso, é diferente, é especial, não imita ninguém. E como é o churrasco de Pau Doce? Estará se perguntando o sempre abilolado leitor. Para começar, em nosso churrasco a carne, de qualquer espécie, está banida. Nada de costelas, picanhas, ossobucos, mocotós, pulmões, traquéias, pés e “la concha de la lora”. Na verdade, na verdade, em nosso churrasco a carne não está banida coisa nenhuma. Nosso churrasco é de carne, como não? De carne humana. São maminhas, músculos, glúteos e até picanhas (cada picanha!). Tudo tostado ao sol, temperado pela salmoura do mar. Já a parte gastronômica, propriamente dita, consta de saladinhas, refogadinhos, mexidinhos, abobrinhas no espeto, chuchuzinhos puxados no alho, picadinhos de frutas, arroizinho de água-benta, ovinhos cozidos na areia, feijãozinho com broto de goiabeira e tantas outras delícias da cozinha desnaturada própria do inimitável churrasco vegetariano de Pau Doce. Mas, o CHUPANDOHOPAU é importante, diria mesmo, transcendental, pois atrai chupadores do mundo inteiro (chupadores: CHUrrasqueirosos PAntagruélicos DOgmáticos). Sim, do mundo inteiro e até de outros países, incluindo um ou outro de alguma cidade brasileira e, mesmo, por incrível que pareça, uns poucos desavisados de alguma praia vizinha, que, na verdade, muitas vezes, não passam de morador aqui mesmo do pedaço, pois, são raros os paudocenses que comparecem, tirando aquela meia-dúzia de sempre. O fundamental, porém, é que, em que pese não passarem de três ou quatro, são todos autênticos chupadores (todos chupadores de Pau Doce, como já se sabe). E o que, de fato, são esses tais chupadores? Estará se inquirindo o imaginativo leitor, normalmente dono de uma verdadeira caatinga mental. CHU: CHUrrasqueirosos. PA: PAntagruélicos. DO: DOgmáticos. RES: é RES mesmo, mera partícula complementar. E que diabo são Churrasqueirosos Pantagruélicos Dogmáticos? Continuará o insistente leitor em sua oceânica nihilidade. Trata-se duma ONG mundial, com sede em Pau Doce e ramificações nos nove continentes (cinco na terra, dois na lua, um em Marte e um no Rio de Janeiro – mas este está dominado pelo Comando Vermelho), todas ainda em fase de pré-projeto de ante-proposta prévia. Membro, membro mesmo, só os três ou quatro de sempre. E o que fazem, o que propõem, pelo que lutam esses três ou quatro chupadores? Seguirá bisbilhotando o tão fofoqueiríssimo quanto desmentalizado leitor. Churrasqueirosos são pessoas iluminadas e divinamente escolhidas que têm em comum “asco por churrasco”, odeiam-no veementemente. Pantagruélicos, (relativo a Pantagruel, o famoso personagem de Rabelais, glutão inveterado), pois tudo em Pau Doce é pantagruélico, mesmo os que têm asco por churrasco. Dogmáticos: que não abrem mão um milionésimo de milímetro sequer dos seus princípios (a não ser que a negociação seja boa e interessante, caso em que, tranqüilamente e sem traumas, tornam-se antidogmáticos). Assim, juntando tudo num balaio só, temos: indivíduos que, apesar de voracíssimos, não abrem mão de seu asco por churrasco. Esses três ou quatro ongueiros, além do asco por churrasco, adoram o nome da comemoração, CHUPANDOHOPAU, e fazem dele um estilo de vida.
PS: Tô fora dessa ONG, naturalmente.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

41 Reflexão irrepreensível

Síndrome de abstinência alcoólica é essa coisa tão bíblica que é pior que praga de sogra, segundo os desafortunados genros, pior que crise de rins, que queimadura de 1º grau. Poucas vezes passei por essa agonia e todas elas antes de vir para Pau Doce. Nas duas ou três vezes que vivi a “sindrabs”, ao lado do extremo desconforto, falta de ar, coceira aguda, garganta seca, dores mortais, senti, por mais contraditório que pareça, meu raciocínio lógico, perfeito, quase científico, com raro sentido de totalidade, penso logo emito, tenho pensado sempre que tenho pensado grande e tenho pensado muito que quando penso sobrecarrego de tal maneira de sinapses relampejantes nas cordilheiras contra o céu escuro das negras noites de tempestades que são tão passageiras quanto são fugazes os pores-do-sol auríferos e quentes bules de café que servem xícaras fumegantes marias-fumaças resfolegantes e apitadeiras dobrando ao longe a curva de seu seio esquerdo com o botão rosáceo e gotejante de seiva branca como a barba anciã de meu avô solene e meigo como um passarinho cantando cantos e gorjeando sons de outro planeta que não seja Urano, distante, invisível pleno de mistério caso de polícia inexplicável crime aterrador, atroz, incrível como loiros negros, índios, cafuzos e mamelucões amalucados palhaços bailarinos no grande circo com trapezistas, magos, três com seus camelos transportando mirra, incenso e ouro, dólar, bolsa, investimentos a perder de vista a camisa e calce o sapato abotoando com delicadeza de cirurgião plástico e papel-de-seda, varetinhas de bambu e rabiola comprida voando ao vento forte do mês de agosto, setembro e outubro bom trimestre de vendas no mercado interno e na exportação de sonhos e projetos de vida longa para todos os heróis anônimos e desconhecidos do meio do povo, raça e etnia conceitos confusos e de parco consenso mesmo entre os especialistas em otorrinolaringologia estão de acordo que a baixa umidade do ar de gente grande mesmo não tendo chegado à adolescência e velhice são estágios especialmente delicados momentos de passagem única para metrô e os ônibus que alongam o trajeto para a periferia do sistema solar diminui a força de gravidade em relação ao sol do meio-dia, a lua da meia-noite, a crise da meia-vida, o preço da meia-calça em qualquer liquidação de outono e inverno no hemisfério norte com temperaturas recordes nos registros meteorológicos canadenses, australianos e sudaneses disputando um interessante torneio de tênis de mesa branca da linha kardecista fundada na crença da reencarnação dos mortos de fome por toda a região das caatingas nordestinas empobrecidas pela falta de chuva de papel picado enquanto ele segura, impassível, desfilando em carro aberto o pão ao meio para, então, untá-lo com manteiga e fios-de-ovos, meia colher de açúcar cristal, uma pitada de sal e xícara e meia de água que brotava de sub-solo como se o núcleo da terra fosse liquido e efervescente participação dos mais renomados próceres da Transnumância Boreal e da Organização das Nações Unidas e desunidas sejam quais forem as condições de coesão social suas reivindicações não serão atendidas pelo serviço de emergência municipal de saúde do idioma deve ser preservada não através de leis xenófobas e discriminatórias de todo o rol de produtos colocados a venda na feira de antiguidades milenares aberta todos os domingos haverá celebração triunfal das bodas imperiais na catedral do amor e da esperança que é a última que morre a volúpia do querer e possuir alguém que ser possuído não deseje tomar esse sorvete de maçã do rosto toda tão vermelha cor de sangue tipo “O” universal utilíssimo por sua enorme aplicabilidade estatística, econometria, geografia humana, alma, calma, relva, coisa, dentro, d’outra, fitos, fatos, fetos, abracadabras, abacalhoadas, nesgas, rusgas, cismas, paradelepípelos, losangos, mangos, rangos, tangos, prosopopeiaspindamonhandubas, protonotário, epigmação, groeneumilese, clemitofatrício, clausiinísilo, amorficênteras, nafrunoplistrofênio, frafrandiralenco, fruss, brrrruuuss, brrruuss, brruss, brus, br...

sábado, 4 de dezembro de 2010

40 Supremo estudo superior

Outro dia, no Esfola o Pinto, o boteco do Pinto Mole (na verdade, seu nome completo é o altivo e digníssimo Alcides Aristodemo do Pinto Molerembaun), lá pelas muitas da madrugada, discutíamos pastosamente, entre um coma alcoólico e outro (aliás, ocorrenciazinhas quase diárias e sem importância), a nossa vida em Pau Doce (ou seria a nossa doce em Pau Vida? Não lembro). Lembro, sim, que concordávamos todos que o nosso queridíssimo Pau era o lugar ideal para se viver, que até o final de nossas existências continuaríamos sendo como criancinhas inocentes, quase bebês, mamando e dormindo o tempo todo. E, quando entre nós, alguém quisesse mudar tudo em sua vida, revolucioná-la, era só dar um giro de 360º e, assim, continuaria mamando e dormindo. Mas, se, de fato, resolvesse partir para outra e dar uma guinada de 180º, virava tudo de cabeça para baixo ou de pernas para o ar (segundo o ângulo e a opção sexual) e, aí sim, passaria a viver dormindo e mamando. Lembramos, lembrei, lembrou (não tenho presente se fomos eu ou fui eles) que Pau Doce era maravilhoso porque tinha tudo que alguém podia desejar. Apesar de ser uma minúscula praia do litoral norte do Estado de São Paulo, nada de moderno, tradicional, “in”, e o cacete a quatro, lhe faltava. Tínhamos tudo, absolutamente tudo. Foi aí, eis quando senão que Alguém lembrou (Alguém é o protótipo do desmancha prazer, um mala de 3 toneladas com alça de arame farpado, que no batismo recebeu o sonoríssimo nome de Alguém Dalomba Namatta Virgem) que tínhamos quase tudo, mas não tudo, já que não possuímos uma Universidade. Tínhamos de pipoqueiro à fecundação pela Internet, tínhamos botecos (10 por habitante) e fábrica de camisinha natural, feita com matéria prima produzida por um cruzamento de bicha-da-seda com centopéia voadora, tínhamos vinaterias, cachaçarias, whiskerias, gimzerias, saquerias, rumiserias, conhaquerias, vodkerias, cervejarias e cervejerias, licorerias, camparerias, choperias, vermuterias e o escambauserias. Tínhamos (para feminilizar) a xana ao cubo, mas não uma universidade. Quando ponderamos pra Alguém que Pau Doce era uma praia, que o importante ali era vida mansa, descanso, rede bamba, batucadinhas mil, bebida pra cacete, belisquinhos e transinhas, vida de turista, enfim, ele nos deu um cala-a-boca, dizendo: “e uma universidade, não é exatamente isso? Claro que é. Daí, nossa vocação universitária. E universidade é um negócio que está na moda, cacete!. Nada mais certo pra fazer o camarada recompletar o ânus de dinheiro do que uma universidade”. Aí nossos olhos brilharam. “É o maior milagre da gandaia nacional”, continuou Alguém entusiasmado com a audiência, “a coisa funciona assim: o administrador não administra, o professor não ensina, o aluno não estuda, o diretor não dirige, o secretário não secretaria, feriados às pampas, se pintar uma greve de 6 meses ninguém percebe, e todo mundo fica feliz e todo mundo se forma e todo mundo tem lucro. Como? Milagre, segredo, sei lá”. Convencidos da lacuna em nossa estrutura funcional, resolvemos pôr as mãos à obra em prol da nossa, agora imprescindível, universidade. Primeiro, queríamos um nome. Alguém, novamente, lembrou (Alguém estava com o Capeta) que o quente no momento para nomear cursos superiores, (por mais inferiores que fossem), era começar por “Uni”. Uni-isso, Uni-aquilo, Uni-o cacete. O importante, mesmo que não fosse universidade coisa nenhuma, que fosse um simples cursinho de quinta categoria, eram as três letrinhas iniciais, o resto era detalhe. Claro que se o resto formasse com o Uni um conjunto interessante, melhor, ótimo, ponto pra universidade. Foi aí, nesse momento, que, antes que Alguém lembrasse de mais alguma coisa, o Lesma Lerda (irmão mais novo do Mesma Merda, mais novo, mas é a mesma merda) disse que conhecia, mais do que conhecia, era amigo íntimo de um tal de Aborda, por extenso, Abutre Calhorda (Abutre Calhorda não é, como o inteligentíssimo leitor pode estar pensando, o nome verdadeiro do personagem, mas um carinhoso apelido) que trabalha como corretor de nomes de universidades (faz, também, intermediação de outros nomes como de grupos criminosos, empresas privatizadas e igrejas carismáticas). Se o freguês desejar (desejar em dólar, evidentemente), junto com o nome, o Aborda vende o edifício, já povoado por alunos, professores, funcionários, com estoques verdadeiramente inesgotáveis de provas, todas devidamente respondidas e corrigidas. É possível, por exemplo, comprar uma universidade novinha em folha, zero quilometro, com cheirinho de carro novo, mas com uma tradição histórica de 30, 40, 50 anos, segundo o gosto verdinho do interessado. E se este quiser empregar todos os seus amigos como livre-docentes, mesmo os analfabetos de pai e mãe, a organização educacional já vem com os currículos prontinhos, faltando só sortear as matérias entre o bando e preencher os nomes, RG e CPF dos abnegados cristãos-novos da fauna universitária nacional. Aprovamos, eufóricos, a proposta e encarregamos o Lesma de convocar o Abrutre. Era o tipo do negociador de que nossa universidade necessitava. Dois meses depois, num recorde em se tratando do Lesma Lerda (se tivesse sido o seu irmão, como o leitor já sabe, não mudaria nada, seria o Mesma Merda), lá estava, no mesmo Esfola o Pinto (a futura sede da reitoria da universidade), o sacrossanto negociador de nomes. Foi só bater o olho nele e descobrimos o motivo de seu alado apelido. O nariz era tão adunco que qualquer arara ou periquito o chamaria de primo. Era um abutre. Calhorda ficava, com certeza, por conta de sua retidão de caráter e ilibada reputação (e putação também). Feitas as apresentações de praxe, cerimônia na qual algumas garrafas de destilados eram inerentes por definição, Aborda abriu sua maleta de vendedor e começou a desdobrar sobre a mesa do Esfola catálogos e mais catálogos com centenas de nomes de universidades. Começou mostrando algumas famosas que ele vendera recentemente, na velha tática, manjadíssima, de colocar água na nossa boca. Desfiou ante nossos olhos brilhantes, por exemplo, a Uni-versal (Universidade Verão em Salvador – que foi negociada –porteira fechada- junto com uma igreja do mesmo nome), Uni-cidade (Universidade da Cidade –qualquer cidade), Uni-med (Universidade de Mestres e Doutores), Uni-cover (Universidade do Comando Vermelho), Uni-ban (Universidade de Bangu 1), Uni-forme (Universidade For Men), Uni-sex (Universidade Sem Exames), Uni-sono (Universidade do Sono Noturno), Uni-tário (Universidade Taoista do Rio). E muitíssimas outras. Depois, entrando diretamente em nossa negociação, perguntou nossa opinião sobre o nome Uni-Pau. Achamos, todos, que o nome caia como uma luva, quase como uma camisinha. Porém, o Corvo, Corvo não, o Abutre nos alertou sobre os riscos desse nome quase ideal: o Direito Universitário, essa recente e importante especialidade do mundo jurídico, considerava grave dano patrimonial e moral a “homonímia presumida”, sobre a qual já abunda jurisprudência, caracterizada pela utilização de nomes diferentes, mas com sentidos passíveis de serem confundidos. Quando lhe dissemos que nos parecia que o nome UniPau dificilmente correria esse risco, ele nos desiludiu. Disse-nos que havia vendido algumas instituições que poderiam ingressar em juízo, alegando a “presumida homonimia” e citou suas mais recentes negociações: Uni-pinto (Universidade Pindamonhangaba de Tocantins), Uni-penis (Universidade Dr. Pedro Nicanor da Silva), Uni-bimbo (Universidade Bim Ladem é Bonzinho), para ficar apenas em três, mas havia outras. E havia, também, as de “correlação indireta”, tipificação também conhecida como “homonímia presumida invertida”, que poderiam, facilmente, dar a mesma dor de cabeça, como Uni-xana (Universidade Xavante-Nacionalista), Uni-periquita (Universidade Peripatética Quiminionista de Taumaturgia), Uni-xereca (Universidade Dr. Xerxes de Rebelo Carvalho) e Uni-Buçanha (Universidade Buçalar, Negocial e Habilitadora). Concordamos, então, que o risco de levarmos uma “homonímia presumida”, invertida ou não, pelas fuças era grande. Aceitamos, muito a contragosto, considerar outros nomes do inesgotável estoque do Urubu, quer dizer, do Abutre, para ver se haveria algum que correspondesse às nossas expectativas. E, aí foi um tal de Uni-praia pra cá, Uni-goró pra lá, e Uni-larica, Uni-festa, Uni-balada, Uni-birita, Uni-transa. Esgotamos todo o catálogo do Aborda e nenhum dos nomes nos agradou. Quando sentiu que poderíamos desistir de ter uma universidade paudocense e que havia o sério risco dele perder o negócio, passou a tentar nos convencer de que o risco de um processo judicial era praticamente zero, já que a justiça está sempre em greve e que, se algum dia ela voltar a trabalhar, o que é muito pouco provável, o número de processos será tão abundantemente grande que até, pelo menos, o ano 2300 nós estaríamos livres de qualquer citação. E nos convenceu. Acabamos entrando no seu argumento e compramos o pacote fechado. Prevaleceu UniPau. E compramos tudo: autorização definitiva do MEC, avaliação com nota A do Inep, título de doutor para toda a boemia de Pau Doce, todos os cursos integralmente gravados em vídeo e com imagens holográficas, provas já respondidas e corrigidas por computador, um enorme estoque de CD-room com pesquisas de ponta, todas inéditas. Os primeiros cursos a serem lançados serão os de “Engenharia Química com Ênfase em Bebidas Destiladas e Fermentadas”, “Psicologia do Sono”, “Medicina do Sono”, “Arquitetura do Sono”, “Mestrado e Doutorado em Sonoterapia”, “Pesquisas Avançadas com Canabis Sativa, Extasy e Viagra”, “Pesquisas Mais Avançadas Ainda sobre os Efeitos Positivos na Qualidade de Vida e na Longevidade do Uso Diuturno e Intensivo de Bebidas Alcoólicas”, “Curso Prático de Medicina – A utilização adequada e a habilidade no manuseio dos aparelhos reprodutores masculino e feminino”, “Antropologia Cultural: um sambinha é bom, comer é ótimo, mas beber e dormir é perfeito”, e “Pedagogia dos Jogos de Azar”. Tá tudo pronto, tá tudo dominado, agora é só esperar candidatos do Brasil todo virem fazer nosso vestibular, o mais onesto, cério, e ezigente do pais. Quem paçar em noço ezame e entrar na Uni-pau, será um aluno de tão auto níveu que não vai, jamais, levar pau. Quem vem pra UniPau, leva tudo, menos pau!